sexta-feira, 6 de novembro de 2009

de um Velho Amigo....

Giovani

Existe um velho casmurro chamado Giovani
Sentado em frente ao seu casebre e sua cadeira de balanço
Com seu bacamarde sempre alerta
Esperando que saísse alguma onça da floresta
Esse velho xamã nunca ira morrer
Pois quer muito a morte entender
O velho vive hoje em intensidade
Tudo que lhe resta é seu palheiro
Em chamas meio à escuridão
Não quer mais saber da cidade
Somente a floresta em seu coração
A natureza humana
Dizem que sua idade é um mistério
Pois seus amigos já não existem
Somente ossos em um cemitério
E que anda em noites de luar
Caçando capivaras à vivar
Não teme a chuva que alaga seu terreno
Sabe que faz parte, não entra em desespero
Tudo que lhe resta é seu palheiro
Em chamas meio à escuridão
Somente a floresta em seu coração

Tito Passos

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Um poema para Giovani


Deitado em verdes pastos
Faz te lembrar teus cachos
A rima escondida
Da esquina depremida
O sabor que se contém
Da lua fria e cálida
O doce preço que vem
-De cobranças das lembranças
as crianças insanas-
A pelo que não pode ser
Mas te prometo até o amanhecer
Irei te devolver
Com meus cachos
Os mais doces verdes pastos.

Tito Passos

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